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No dia 16 de dezembro, em reunião de Câmara, os vereadores do Partido Social Democrata (PSD) de São Brás de Alportel votaram contra o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2022. O documento acabou por ser aprovado pela maioria socialista e remitido à aprovação da Assembleia Municipal. Neste órgão autárquico o documento foi aprovado por maioria, com votos a favor do PS, abstenção da CDU e votos contra dos deputados do PSD.

O PSD constata mais uma vez que o executivo socialista desperdiça a oportunidade de apresentar uma efetiva estratégia de investimento e de desenvolvimento. Uma estratégia pensada a longo prazo que possa conduzir o concelho para maiores níveis de progresso económico e social, mais emprego e melhores oportunidades para os são-brasenses. Uma estratégia que estimule e reforce a atividade turística, através da qualificação e potencialização dos recursos naturais existentes no concelho; que promova a fixação de população; que apoie o desenvolvimento rural e inverta a progressiva desertificação a que temos assistido em algumas zonas rurais; que incentive a promoção cultural e a regeneração urbanística; e que possa fazer face às muitas carências a nível social.

Pelo contrário, foi apresentado um documento vazio de investimentos estruturais, com uma clara afetação dos recursos à gestão corrente, que ignora por completo a necessidade do concelho em se tornar mais atrativo para o investimento privado e sacrifica e compromete projetos que satisfaçam as necessidades persistentes e duradoras dos são-brasenses.

O PSD de São Brás de Alportel constata mais uma vez, a cabimentação de obras que, ano após ano, são inscritas em sede de orçamento, mas sem que o executivo socialista tenha a capacidade de as materializar.

As promessas são feitas, mas não são concretizadas. É o que acontece quanto à criação de condições para a instalação de uma unidade de cuidados continuados; a requalificação do Antigo Lagar de Azeite; o Parque Aventura da Fonte Férrea; a Barragem Monte da Ribeira; o Miradouro do Depósito da Água; a nova Sala Polivalente e Salas de Pré-Escolar junto à Escola das “Joaninhas”; a ampliação das vagas em creches; o Centro de Recolha Animal; o Saneamento Básico na Mesquita, Almargens e a conclusão da rede dos Machados; a requalificação da rede de abastecimento de água; os três orçamentos participativos do mandato anterior que, apesar de vencedores, continuam por concretizar; e outro sem número de promessas do programa eleitoral do Partido Socialista.

Por outro lado, o Partido Social Democrata congratula-se pela inclusão algumas propostas suas em orçamento, nomeadamente a Requalificação das Oficinas da Câmara Municipal para utilização turística, pese embora não se saber em concreto para onde serão relocalizados estes serviços, o que poderá comprometer a sua concretização; a Reconversão das 6 rotundas, proposta do nosso Vereador Bruno Sousa Costa no anterior mandato; ou ainda a aposta na Implementação de um Plano de Eficiência Hídrica que, por força de S. Brás de Alportel estar entre os 15 concelhos com mais perdas de água a nível nacional, foi proposto pelo PSD local.

Fruto da fórmula errada com que o executivo socialista insiste em gerir o Município, sendo incapaz de gerar margem financeira que lhe permita assumir investimentos identificados como necessários, constata-se no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses que São Brás de Alportel encontra-se entre os 35 concelhos do país com menor equilíbrio orçamental, colocando em causa a sustentabilidade financeira a médio prazo.

O PSD de São Brás de Alportel manifesta-se insatisfeito com um orçamento de gestão corrente, que não apresenta investimentos que permitam ao concelho crescer e desenvolver-se, criar maior riqueza, mais emprego, que garanta um melhor futuro para aqueles que cá vivem e para aqueles que cá querem vir viver.

 

 “Não podemos ficar satisfeitos com promessas vazias e com um sem número de projetos que constam em orçamento todos os anos sem serem efetivamente concretizados! Se são necessários, têm que ser concretizados! Se não o são, não se cabimentam! Se são necessários e não existem recursos disponíveis para os concretizar, criem-se soluções para garantir maior superavit para que num futuro próximo, possamos concretizá-lo.”